O desejo de
ordem quer transformar o mundo humano num reino inorgânico em que tudo
acontece, tudo funciona, tudo é submetido a uma vontade impessoal. O desejo de
ordem é ao mesmo tempo desejo de morte, porque a vida é perpétua violação da
ordem. Ou, inversamente,
o desejo de ordem é o pretexto virtuoso pelo qual a raiva do homem pelo homem
justifica suas perversidades.
(Milan Kundera – A valsa dos adeuses)
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